terça-feira, 30 de julho de 2013

Os Drow

Quando os Elfos acordaram, Melkor espalhou boatos de que havia um caçador que capturava todo aquele que estivesse só ou distraído. Assim, os elfos temeram o caçador, sem ao menos conhecê-lo.
Anos depois, quando Oromë descobriu que os Primogênitos haviam despertado, sua aproximação aterrorizou inúmeros elfos, que fugiram. Esses elfos deram origem aos Orcs e aos Elfos Negros.


Moriquendi/Drows/Elfos-Negros ou Elfos da Escuridão: são elfos que se desviaram dos demais, e começaram a adorar Melkor e Larakna. São negros, vivem em túneis escuros, são grosseiros, selvagens e cruéis. Não têm respeito nem por usas mulheres, que acabam sendo violentas também, como forma de defesa e sobrevivência. Não aceitam a união com os outros grupos élficos, a não ser que seja para satisfazer seus interesses por riqueza, poder e gosto pela guerra...


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Características: são inteligentes e mortíferos. Acreditam na força e sobrevivência do mais apto e sempre procuram tomar o lugar um do outro. A emoção mais comum entre eles é o ódio.Totalmente malignos e implacáveis, renunciaram à luz e esconderam -se no interior do mundo.


Cidades: Vivem em cavernas profundas e tuneis tortuosos formando labirintos repletos de perigos. As cidades são esculpidas em plena rocha de forma magnífica, iluminados pela luz das fadas. Os tuneis possuem pontes gigantescas de estalagmites e estalactites.


Sociedade: A sociedade Drow é brutal e impiedosa com forte tendência a governo central matriarcal; as mulheres detém o poder maior. Os homens em geral se tornam magos, guerreiros ou sacerdotes. Possuem afinidade com as aranhas que vivem entre eles como sagradas. Vivem em uma organização rígida e severa, na qual status é a palavra-chave. Alcançar uma posição superior na sociedade é uma busca constante e quase sempre seguida da morte do outro.


Personalidade: Há um coração de ferro, frio e amargo. O ódio é uma das emoções mais comuns que eles têm, temperado com o fogo da astucia, ou uma raiva flamejante. Sente prazer na dor alheia.



Aparência: Possuem pele escura e cabelos brancos ou azuis. São baixos e musculosos. Os olhos queimam com diferentes  tons de vermelho.


Vestimentas: usam o negro e outras cores escuras. Desenham nas roupas com filigranas de prata. Usam cinturões, capas, armaduras e robes roxos ou vermelhos escuro.


Armas:  Suas armas e armaduras são feitas de uma liga de admantite – metal muito valioso por sua resistência e leveza.



Religião:  Seguem as divindades de Loth, a impiedosa rainha aranha; Rilistrae, a Dama Sombria; Ghaunadaur, o Ancião Elemental e Vhaeraun, o Deus dos ladrões. As clérigas impõem a todos  suas doutrinas implacavelmente, procurando prender a todos em suas ceias demoníacas.


Relações: Os Drows são inimigos de tudo o que vive sobre o solo, e de muitos que habitam o subterrâneo também. Qualquer raça que não pode escravizar, eles procuram destruir. Com outros elfos relaciona-se de forma violenta e visceral.



Idioma : A linguagem dos Drows é um dialeto corrupto do élfico, com muitos sons sibilantes e guturais. As preces à Deusa –aranha são uma cacofonia terrível, e o som da língua de um grito de batalha é suficiente para causar calafrios em qualquer inimigos.


* O Silmarillion - Martins Fontes Editora

* A Quintessência do Elfo - Mongoose publishing

* Raças e Classes em RPG  -Eduardo Teixeira

Pesquisa realizada por AndartaYuitza

Os Avari

Quando os Valar derrotaram Melkor, e o aprisionaram, convidaram os Elfos para morar em Valinor. Mas  muitos só viram a fúria dos Valar, e preferiram ficar na Terra, vendo as estrelas e percorrendo as vastidões continentais. Eles foram chamados de Avari, os Relutantes. Mas têm outros nomes: Nandor, Elfos da Floresta, Elfos Silvestres ou Elfos da Lua.


Resumo: Avari/Nandor/Elfos da Floresta/Elfos Silvestres/Elfos da Lua: são elfos que não se afastaram dos humanos, mas construíram suas casas nas florestas fechadas, onde muitos humanos não chegam. Ali, aprenderam as artes da floresta, os sons dos animais, as plantas curativas, as plantas venenosas, a comunicação com animais, a sabedoria ancestral das árvores. São elfos que usam roupas verdes ou marrons, a fim de se misturar com a natureza, que defendem dos humanos. Também são chamados Elfos da Lua porque se baseiam nas fases dela para suas atividades e até cerimônias religiosas.


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Vivem em harmonia com a natureza, construindo suas casas respeitando e se mesclando com o ambiente, sem auxilio de magia. Observam invasores de longe e usam táticas para afugentá-los a mudar de rumo se chegar próximos a sua cidade, sem ser cruel.


Sociedade: Organizam-se em clãs liderados pelo mais forte e sábio, com cidades permanentes. O líder tem o dever de manter o clã protegido e alimentado. Não possuem luxos da vida civilizada e tem emoção em caçadas e longos passeios pela floresta.


Personalidade: São passionais com comportamento e pensamentos intensos, sendo feito uma conexão direta entre seu coração – mente e corpo. Dizem o que realmente pensam e não hesitam em agir quando sabem estar fazendo a coisa certa. Eles preferem pedir perdão a pedir permissão.


Aparência: São alto de corpo musculoso. Nascem com a pele branca podendo ficar bronzeados. Os cabelos são de loiros ao ruivo intenso. Seus movimentos são poderosos, decididos e ágeis.


Vestimenta: Vestem-se com tecidos leves, esvoaçantes, que não tolhe seus ágeis movimentos. Geralmente verde e marrom, para se camuflar ao ambiente. As tatuagens em sua pele são arte e símbolo de status tanto como camuflagem.


Relacionamento: Não são isolados, mas valorizam sua privacidade como algo sagrado e protegem-na a todo custo. Mantém contado comercial com humanos e outros elfos, odiando os Drows. Mas em Mystico Ville, têm aprendido a conviver, mesmo que às vezes se desentendam...


Tendência: Os elfos da floresta são sobreviventes, confiando na sabedoria da natureza e seguindo o instinto. Eles se mantêm neutros na luta entre o bem e o mal.


Religião: Eles comemoram muitos festivais de solstícios e equinócios, celebrando a obra de sua divindade no mundo natural e pedindo  proteção. O culto é informal.


Elfos da Floresta conhecem eravas curativas e venenosas, o som dos animais, o canto dos pássaros, esconderijos ultra-secretos e espíritos das florestas, com quem mantém contato.

Idioma: Dialeto élfico ou Avarin

* O Silmarillion - Martins Fontes Editora

* A Quintessência do Elfo - Mongoose Publishing

* Raças e Classes em RPG - Eduardo Teixeira

Pesquisa realizada pela AndartaYuitza

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Os Eldar

Quando os Elfos acordaram, os Valar lutaram contra Melkor e o aprisionaram. Em seguida, convidaram a todos para residir em Valinor. Mas nem todos aceitaram. Aqueles que acataram o convite, foram chamados de Eldar ou Elfos Dourados. Eles se dividiram em três: Vanyar (Belos-Elfos), Noldor (Elfos Profundos) e Teleri (Elfos-do-Mar). Além de Eldar, esses elfos também são chamados de Calaquendi (Elfos da Luz), Elfos Dourados, Elfos das Estrelas, Elfos das Brumas e Elfos da Montanha.


De modo geral, os Eldar são elfos mais intuitivos, místicos e cultos, pois dedicam grande parte de seu tempo a compor músicas, fazer poesia, criar obras de arte, ler e escrever. Amam tudo que eleva o espírito e enaltece a alma, e desprezam aqueles que não concordam com essa forma de ver o mundo, o que os torna um pouco arrogantes.


Por terem chegado a Valinor, enquanto tantos outros desistiram, muitos Eldar acreditam que são os que mantiveram a linhagem mais pura e a cultura mais intacta. Eles traduzem essa cultura em forma civilizatória, e acreditam que são os mais cultos e refinados. Mas nem todos são assim, pois têm mentalidades diferentes.


Os elfos dourados são reconhecidos pelo seu domínio sob as teias da arte, tanto arcana quanto divina, que superam as capacidades de qualquer outra raça viva. As obras milenares da alta magia élfica sobrevivem todavia nos refúgios ocultos dos Eldar.


Os Eldar possuem uma pele levemente bronzeada, cabelos que variam entre o loiro dourado, ruivo ou negro, seus olhos variam do verde ao dourado e as vezes possuem a mistura de ambos. Preferem a contemplação, conhecimento e o estudo ao invés jogos rápidos ou canções dos outros elfos, mas mesmo assim personificam a beleza sobrenatural, graça e presença do povo élfico.


Os Eldar vestem roupas ao mesmo tempo magníficas e simples, preferindo cores frias como o verde e o azul. Também usam o branco e dourado. Decoram suas roupas com  complexos bordados feitos com fios de ouro ou mithril, em desenhos mais sutis, que normalmente não são apreciados de primeira vista para os não elfos. Suas joias são simples, porem trabalhadas de maneira requintada e cuidadosa.


Os Eldar possuem uma incrível longevidade, até mesmo para os outros elfos. Chegam à maturidade por volta dos 210 anos, a velhice aos 315 e passam a ser veneráveis, por volta dos 420 anos. Mas, como são imortais e não envelhecem em aparência, a maioria das pessoas não percebe as diferenças. São muito parecidos com seres humanos, a não ser pelas orelhas pontudas e pela cor dos olhos, que alguns possuem em tons diversos.


Os Eldar  acreditam que foram eleitos para serem os defensores da tradição e historia élfica. Também são a mais paciente sub-raça élfica, dedicam seu tempo a aperfeiçoar uma tarefa ao invés de simplesmente completá-la. Para um Eldar, apressar-se em um trabalho ou finaliza-lo de qualquer maneira que não seja a perfeição, significa trair um ideal dos ideais élficos. Como resultado, eles possuem um número menor de habilidades que os demais elfos, porem são indiscutivelmente melhores em qualquer habilidade, arte ou tarefa que se dediquem com esforço.


A única exceção é o combate, os Eldar não gostam do combate, o que não quer dizer que não sejam treinados nessa área. Veem o combate como um mal necessário, uma coisa que deve ser resolvida rapidamente para que trabalhos se realizem e poder voltar a objetivos mais construtivos e agradáveis.


Os Eldar são a sub-raça élfica que menos escolhe a vida de aventureiro. Não veem sentido em vagar pelo mundo e encontrar outras raças, especialmente quando qualquer elfo pode desfrutar de toda a comodidade, estudo e contemplação que lhe agradar permanecendo em um de seus reinos ocultos.




A maioria dos aventureiros Eldar não passam de espiões , agentes obedientes que passam a vida observando as outras raças e vigiando qualquer ameaça que possa afetar os reinos élficos. Alguns míseros elfos sentem uma atração pelos mistérios dos antigos poderes e buscam ampliar o conhecimento de seu povo explorando ruínas de antigos impérios.


Eldar como Personagens: preferem as trajetórias tradicionais dos elfos como guerreiros ou magos. Nenhum Eldar  pode ser descrito realmente como um bárbaro, mesmo que alguns deles, que tenham sido criados entre parentes menos civilizados, em casos realmente raros, adquirem níveis de bárbaro. São excelentes bardos, e inclusive embora não deem destaque para festas casuais, as canções antigas e o conhecimento de bardos bem instruídos são objetos de grande respeito para um elfo dourado. Os elfos dourados são os paladinos e clérigos mais destacados entre todos os elfos. As artes silenciosas e arquearia não são praticadas amplamente entre eles, devido à deficiência de ladinos e rangers dentro das sociedades dos Eldar.



Sociedade dos Eldar: Os Eldar são pausados, pacientes e solenes, sua sociedade reflete esses aspectos. Seus edifícios, mesmo que esteticamente belos e arquitetonicamente brilhantes, tendem a ser pomposos. E é desnecessário dizer que os Eldar se sentem orgulhosos de suas construções, e que acreditam que algo menor que a perfeição não é digno para os defensores eleitos pelos deuses para manter a tradição e a cultura élfica. Sua arte, poesia e canções refletem suas deliberadas atitudes. Preferem os relatos de antigas batalhas, as canções dos deuses e as histórias dos grandes heróis atormentados por tragédias.


Os Eldar veneram a sabedoria e o aprendizado, inclusive até mesmo os elfos mais humildes mobiliam suas casas com pergaminhos velhos, mapas e livros. Os elfos dourados possuem uma forte tradição de governantes da nobreza, e a maioria das comunidades é governada por um monarca que poder traçar sua linha genealógica desde a primeira guerra da coroa. Onde um humano mede seu poder através da amplitude de suas terras e o numero de soldados que tem sob seu comando, um Eldar é reconhecido pela honra do nome de sua família, poder mágico, conhecimento acumulado por seus familiares e a riqueza e beleza de seus lares suntuosos.


Relação com outras raças: Os Eldar sentem afeto pelos elfos da floresta, embora este sentimento seja muitas vezes involuntariamente paternalista. Temem que seus primos, os Avari, sejam demasiadamente frívolos e irreverentes, e tentam fazer com que voltem para os costumes élficos, adequados com severas leituras e conselhos paternais. Admiram os Avari e pensam que são a encarnação do espirito élfico da natureza. As relações entre os Eldar e os Avari são boas, embora a natureza reclusa dos Elfos da Floresta faça com que os encontros diretos sejam raros.


Os preconceitos dos Eldar com outras raças (especialmente os humanos) podem ser muito fortes. Muitos deles sequer dirigem a palavra a um humano e são capazes de deixar um humano moribundo abandonado ao invés de ajudá-lo. Mas se existe uma raça que os Eldar sentem absoluto desprezo, é pelos Drows. Veem os Elfos Escuros como abomináveis e um insulto para o panteão élfico, e frequentemente os atacam quando os veem.


 Magia e conhecimentos dos Eldar: O auge do conhecimento mágico de um Eldar é a Alta Magia, magias que podem proteger um cidade inteira contra o mal, ocultar um exército ou florescer uma floresta inteira durante uma noite. Tal magia não esta livre de riscos, fato que os Eldar estão dolorosamente conscientes. Embora os elfos se recordem dos segredos da Alta Magia, eles se recusam a compartilhar esse conhecimento e se mostram relutantes ao usar tal poder além das fronteiras de suas terras.
Os Eldar possuem uma outra grande vantagem, uma coleção incomparável de livros de magia, anotações de laboratórios e conhecimentos acumulados. Durante 10.000 anos, estes elfos tem praticado magia, e suas bibliotecas estão repletas de segredos mágicos que são difíceis de catalogar.


Numa batalha, os Eldar utilizam principalmente suas magias. Mas alguns também podem usar espadas ou outras armas leves e ricamente adornadas, como tudo que fazem.

Fontes: O Silmarillion, A Quintessência dos Elfos e Blog A Velha Torre

Pesquisa efetuada por Fernanda Inniatzo (Elfos Dourados)

quinta-feira, 25 de julho de 2013

8 - O Silmarillion - O Nascimento dos Primogênitos

Durante muito tempo, a maior parte da Terra ficou às escuras, e apenas Yavanna e Oromë iam lá, às vezes. Os outros ficavam em Valinor. Enquanto isso, Melkor espalhava suas sombras por todos os lugares e, no Noroeste, criou Angband, onde posicionou seu maior auxiliar, Sauron.


Os Valar começaram a temer que os Filhos de Ilúvatar nascessem naquelas sombras, e pensaram em lutar contra Melkor, a fim de acabar com a sua influência maléfica. Mas lembraram que fora dito que eles nasceriam na escuridão, e que as primeiras luzes que veriam, seria a luz das estrelas.


Dito isso, Varda começou a criar novas estrelas, ainda mais brilhantes que as que existiam, a fim de que os Filhos tivessem um alento, ao nascer. É por isso que os Elfos a chamam de Varda Elentari, a Rainha das Estrelas. E, entre todas as estrelas que Varda criou, as mais conhecidas são as sete estrelas que são chamadas de Valacirca, a Foice dos Valar, como um aviso a Melkor...


Quando Varda encerrou seu trabalho, que demorou muito tempo, os Primogênitos de Ilúvatar despertaram, perto da Lagoa Cuiviénen, a Água do Despertar.

...iluminados pelas estrelas, eles acordaram do sono de Ilúvatar. E enquanto permaneciam, ainda em silêncio, junto a Cuiviénen, seus olhos contemplaram antes de mais nada as estrelas dos céus. Por isso, eles sempre amaram o brilho das estrelas, e reverenciam Varda Elentári mais do que qualquer outro Vala.



Eles logo começaram a dar nomes a tudo que viam, e a si mesmos chamaram de quendi (“aqueles que falam com vozes”), pois até então não haviam conhecido nenhum outro ser vivo que falasse ou cantasse.

O primeiro que os encontrou, por acaso, foi Oromë, que os chamou de Eldar, o Povo das Estrelas.

7 - O Silmarillion - Valinor

Melkor se escondeu em Utumno, e os Valar não podiam caçá-lo, pois tinham que tentar salvar o que pudessem da destruição. Até a Ilha de Almaren foi destruída, e por isso, eles se mudaram para a Terra de Aman, perto do Mar de Fora.


Como ainda não tinham capturado Melkor, os Valar ergueram as Pelóri, montanhas que serviriam de fortificação contra ele. A mais alta destas montanhas, Taniquetil, serviu de morada para Manwë.


Os demais Valar se fixaram além dessas montanhas, num lugar chamado Valinor. E os Valar deixaram Valinor ainda mais linda que Arda, em sua Primavera. E nada ali murchava ou desbotava, e tudo era curativo. Uma terra abençoada pelos Valar. E no meio dela, construiram a cidade de Valmar. Em frente à cidade havia uma colina verdejante, chamada Ezellohar, onde Yavanna cantou para todos os Valar que, silenciosos, escutaram.


Enquanto isso, nasceram as Duas Árvores de Valinor: Telperion (folhas verde-escuras, com tons prateados) e Laurelin (folhas verdes viçosas e tons dourados). O tempo em Valinor passou a ser medido pela luz das duas: durante seis horas, havia uma luz prateada, e nas outras seis, uma luz dourada. Na sexta hora, as luzes se fundiam, enquanto uma murchava e a outra florescia.


Tudo isso aconteceu antes do nascimento dos Filhos: elfos, que se pareciam mais com os Ainur/Valar, e humanos, que pareciam menos, e possuíam dons estranhos. Um deles é a inquietude, o desejo de sempre estar buscando algo que não existe, que não se possui...O outro é a efemeridade da vida: enquanto elfos são eternos, humanos morrem cedo. Por isso, os humanos serem mais intensos: por saber que a vida deles logo pode acabar...Elfos, por usa vez, só morrem assassinados ou definhando de dor. Caso contrário, envelhecem com a Terra, e por isso de muitos serem tristes...

quarta-feira, 24 de julho de 2013

6 - O Silmarillion - A Primavera de Arda

Obs.: decidi "pular" uma parte de Valaquenta, onde são descritos os Maiar, para entrar logo na ação. Maiar são servos dos Valar, e não há necessidade de apresentá-los, agora...


A Primeira Guerra ocorreu antes de Arda estar terminada, antes dos primeiros seres a habitarem e, no começo, Melkor a vencia...Mas foi então que chegou Tulkas, lutando e rindo, e Melkor se afastou. Assim, a paz reinou, e os Valar puderam dar continuidade à sua obra. Yavanna plantou suas sementes e Aulë, atendendo a seu pedido, criou duas enormes lamparinas, que foram enchidas com a luz de Varda, e consagradas por Manwë. Depois, elas foram colocadas nos pontos mais altos de Arda, sendo que a do Norte foi chamada Illuin e a do Sul foi chamada Ormal. E essa luz imensa transformou tudo em dia...


"Então, as sementes que Yavanna havia plantado logo começaram a brotar e a se desenvolver, e surgiu uma infinidade de seres em crescimento, grandes e pequenos, musgos, capins e enormes samambaias, e árvores cujas copas eram coroadas de nuvens, como montanhas vivas, mas cujos pés ficavam envoltos numa penumbra verde. E surgiram feras que habitavam as pradarias, os rios e os lagos, ou caminhavam nas sombras dos bosques. Ainda não surgira nenhuma flor, nem cantara pássaro algum, pois esses seres esperavam sua vez no ventre de Yavanna; mas havia abundância do que ela imaginara, e nenhum lugar era mais rico do que as partes mais centrais da Terra, onde a luz das duas Lamparinas se encontrava e se fundia. E ali, na Ilha de Almaren, no Grande Lago, foi a primeira morada dos Valar quando tudo era novo, e o verde recém-criado ainda era uma maravilha aos olhos dos criadores. E eles se contentaram por muito tempo."


Para comemorar, Manwë deu uma festa, e Melkor ficou sabendo. Assim como sabia que Tulkas e Aulë estavam muito cansados, devido ao trabalho imenso que executaram. Ele estava cheio de ódio, ainda mais com a Primavera de Arda, criada pelos Valar. Encoberto pelas sombras, ele foi se aproximando, sem que os Valar o notassem, absortos que estavam em sua festa...


Enquanto isso, em Almaren, Tulkas desposou Nessa, durante a festa. E, enquanto ela dançava para os Valar, ele adormeceu...

Melkor construiu sua fortaleza onde a luz de Illuin não chegava, e a chamou de Utumno. E de Utumno, começou a se espalhar o ódio de Melkor, que destruiu a Primavera de Arda:

"Os seres verdes adoeceram e apodreceram, os rios foram obstruídos por algas e lodo; criaram-se pântanos, repelentes e venenosos, criatórios de moscas; as florestas tornaram-se sombrias e perigosas, antros do medo; e as feras se transformaram em monstros de
chifre e marfim e tingiram a terra de sangue."


Em seguida, Melkor destruiu as Lamparinas, e Arda nunca mais seria igual àquela da Primavera...E, antes que os Valar o capturassem, ele fugiu e se escondeu em Utumno...E os Valar tiveram que cessar as buscas, pois tinham que recuperar Arda...Mas a Primavera de Arda havia sido para sempre destruída...