segunda-feira, 29 de julho de 2013

Os Eldar

Quando os Elfos acordaram, os Valar lutaram contra Melkor e o aprisionaram. Em seguida, convidaram a todos para residir em Valinor. Mas nem todos aceitaram. Aqueles que acataram o convite, foram chamados de Eldar ou Elfos Dourados. Eles se dividiram em três: Vanyar (Belos-Elfos), Noldor (Elfos Profundos) e Teleri (Elfos-do-Mar). Além de Eldar, esses elfos também são chamados de Calaquendi (Elfos da Luz), Elfos Dourados, Elfos das Estrelas, Elfos das Brumas e Elfos da Montanha.


De modo geral, os Eldar são elfos mais intuitivos, místicos e cultos, pois dedicam grande parte de seu tempo a compor músicas, fazer poesia, criar obras de arte, ler e escrever. Amam tudo que eleva o espírito e enaltece a alma, e desprezam aqueles que não concordam com essa forma de ver o mundo, o que os torna um pouco arrogantes.


Por terem chegado a Valinor, enquanto tantos outros desistiram, muitos Eldar acreditam que são os que mantiveram a linhagem mais pura e a cultura mais intacta. Eles traduzem essa cultura em forma civilizatória, e acreditam que são os mais cultos e refinados. Mas nem todos são assim, pois têm mentalidades diferentes.


Os elfos dourados são reconhecidos pelo seu domínio sob as teias da arte, tanto arcana quanto divina, que superam as capacidades de qualquer outra raça viva. As obras milenares da alta magia élfica sobrevivem todavia nos refúgios ocultos dos Eldar.


Os Eldar possuem uma pele levemente bronzeada, cabelos que variam entre o loiro dourado, ruivo ou negro, seus olhos variam do verde ao dourado e as vezes possuem a mistura de ambos. Preferem a contemplação, conhecimento e o estudo ao invés jogos rápidos ou canções dos outros elfos, mas mesmo assim personificam a beleza sobrenatural, graça e presença do povo élfico.


Os Eldar vestem roupas ao mesmo tempo magníficas e simples, preferindo cores frias como o verde e o azul. Também usam o branco e dourado. Decoram suas roupas com  complexos bordados feitos com fios de ouro ou mithril, em desenhos mais sutis, que normalmente não são apreciados de primeira vista para os não elfos. Suas joias são simples, porem trabalhadas de maneira requintada e cuidadosa.


Os Eldar possuem uma incrível longevidade, até mesmo para os outros elfos. Chegam à maturidade por volta dos 210 anos, a velhice aos 315 e passam a ser veneráveis, por volta dos 420 anos. Mas, como são imortais e não envelhecem em aparência, a maioria das pessoas não percebe as diferenças. São muito parecidos com seres humanos, a não ser pelas orelhas pontudas e pela cor dos olhos, que alguns possuem em tons diversos.


Os Eldar  acreditam que foram eleitos para serem os defensores da tradição e historia élfica. Também são a mais paciente sub-raça élfica, dedicam seu tempo a aperfeiçoar uma tarefa ao invés de simplesmente completá-la. Para um Eldar, apressar-se em um trabalho ou finaliza-lo de qualquer maneira que não seja a perfeição, significa trair um ideal dos ideais élficos. Como resultado, eles possuem um número menor de habilidades que os demais elfos, porem são indiscutivelmente melhores em qualquer habilidade, arte ou tarefa que se dediquem com esforço.


A única exceção é o combate, os Eldar não gostam do combate, o que não quer dizer que não sejam treinados nessa área. Veem o combate como um mal necessário, uma coisa que deve ser resolvida rapidamente para que trabalhos se realizem e poder voltar a objetivos mais construtivos e agradáveis.


Os Eldar são a sub-raça élfica que menos escolhe a vida de aventureiro. Não veem sentido em vagar pelo mundo e encontrar outras raças, especialmente quando qualquer elfo pode desfrutar de toda a comodidade, estudo e contemplação que lhe agradar permanecendo em um de seus reinos ocultos.




A maioria dos aventureiros Eldar não passam de espiões , agentes obedientes que passam a vida observando as outras raças e vigiando qualquer ameaça que possa afetar os reinos élficos. Alguns míseros elfos sentem uma atração pelos mistérios dos antigos poderes e buscam ampliar o conhecimento de seu povo explorando ruínas de antigos impérios.


Eldar como Personagens: preferem as trajetórias tradicionais dos elfos como guerreiros ou magos. Nenhum Eldar  pode ser descrito realmente como um bárbaro, mesmo que alguns deles, que tenham sido criados entre parentes menos civilizados, em casos realmente raros, adquirem níveis de bárbaro. São excelentes bardos, e inclusive embora não deem destaque para festas casuais, as canções antigas e o conhecimento de bardos bem instruídos são objetos de grande respeito para um elfo dourado. Os elfos dourados são os paladinos e clérigos mais destacados entre todos os elfos. As artes silenciosas e arquearia não são praticadas amplamente entre eles, devido à deficiência de ladinos e rangers dentro das sociedades dos Eldar.



Sociedade dos Eldar: Os Eldar são pausados, pacientes e solenes, sua sociedade reflete esses aspectos. Seus edifícios, mesmo que esteticamente belos e arquitetonicamente brilhantes, tendem a ser pomposos. E é desnecessário dizer que os Eldar se sentem orgulhosos de suas construções, e que acreditam que algo menor que a perfeição não é digno para os defensores eleitos pelos deuses para manter a tradição e a cultura élfica. Sua arte, poesia e canções refletem suas deliberadas atitudes. Preferem os relatos de antigas batalhas, as canções dos deuses e as histórias dos grandes heróis atormentados por tragédias.


Os Eldar veneram a sabedoria e o aprendizado, inclusive até mesmo os elfos mais humildes mobiliam suas casas com pergaminhos velhos, mapas e livros. Os elfos dourados possuem uma forte tradição de governantes da nobreza, e a maioria das comunidades é governada por um monarca que poder traçar sua linha genealógica desde a primeira guerra da coroa. Onde um humano mede seu poder através da amplitude de suas terras e o numero de soldados que tem sob seu comando, um Eldar é reconhecido pela honra do nome de sua família, poder mágico, conhecimento acumulado por seus familiares e a riqueza e beleza de seus lares suntuosos.


Relação com outras raças: Os Eldar sentem afeto pelos elfos da floresta, embora este sentimento seja muitas vezes involuntariamente paternalista. Temem que seus primos, os Avari, sejam demasiadamente frívolos e irreverentes, e tentam fazer com que voltem para os costumes élficos, adequados com severas leituras e conselhos paternais. Admiram os Avari e pensam que são a encarnação do espirito élfico da natureza. As relações entre os Eldar e os Avari são boas, embora a natureza reclusa dos Elfos da Floresta faça com que os encontros diretos sejam raros.


Os preconceitos dos Eldar com outras raças (especialmente os humanos) podem ser muito fortes. Muitos deles sequer dirigem a palavra a um humano e são capazes de deixar um humano moribundo abandonado ao invés de ajudá-lo. Mas se existe uma raça que os Eldar sentem absoluto desprezo, é pelos Drows. Veem os Elfos Escuros como abomináveis e um insulto para o panteão élfico, e frequentemente os atacam quando os veem.


 Magia e conhecimentos dos Eldar: O auge do conhecimento mágico de um Eldar é a Alta Magia, magias que podem proteger um cidade inteira contra o mal, ocultar um exército ou florescer uma floresta inteira durante uma noite. Tal magia não esta livre de riscos, fato que os Eldar estão dolorosamente conscientes. Embora os elfos se recordem dos segredos da Alta Magia, eles se recusam a compartilhar esse conhecimento e se mostram relutantes ao usar tal poder além das fronteiras de suas terras.
Os Eldar possuem uma outra grande vantagem, uma coleção incomparável de livros de magia, anotações de laboratórios e conhecimentos acumulados. Durante 10.000 anos, estes elfos tem praticado magia, e suas bibliotecas estão repletas de segredos mágicos que são difíceis de catalogar.


Numa batalha, os Eldar utilizam principalmente suas magias. Mas alguns também podem usar espadas ou outras armas leves e ricamente adornadas, como tudo que fazem.

Fontes: O Silmarillion, A Quintessência dos Elfos e Blog A Velha Torre

Pesquisa efetuada por Fernanda Inniatzo (Elfos Dourados)

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